A umidade é uma das causas de manifestações patológicas mais comuns em edificações. Com isso acarreta o aparecimento de infiltrações, eflorescências, fungos e bolores, ferrugem, descascamento de tintas e até acidentes estruturais.
Podendo ocorrer em diversas partes da edificação como pisos, paredes, lajes, tetos e fachadas.
As suas origens podem ser as mais diversas, como: condensação, capilaridade, chuvas, vazamento hidráulico entre outros. Lembrando que essas patologias são os principais agentes de degradação dos componentes de uma edificação.
A umidade ascensional do solo úmido, ou seja, a umidade que “sobe” do solo por diferenças de pressão, ela ocorre devido às condições do solo úmido, assim como a falta de obstáculos que impeçam seu avanço – observação feita por Montecielo e Edler (2016).
Acontece também devido aos materiais possuírem canais capilares, em que a água penetrará por meio de blocos cerâmicos, concreto, argamassas, madeira, entre outros.
Segundo Alucci Et Al (1985), o bolor é uma alteração observável macroscopicamente na superfície de diferentes materiais, sendo consequência do desenvolvimento de microrganismos pertencentes ao grupo dos fungos.
Os fungos são capazes de decompor diferentes tipos de materiais. São organismos que se reproduzem através de estruturas chamadas esporos e quando depositados em um ambiente com condições favoráveis para o desenvolvimento, germinam dando origem a um novo indivíduo. No caso dos bolores seus esporos são muito mais leves, muitas vezes transportados pelo ar.
As condições ambientais afetam o desenvolvimento dos fungos e bolores, sendo os principais fatores: umidade, temperatura e pH.
- Umidade acima de 75% permite o desenvolvimento de bolores em edificações;
- A temperatura para o desenvolvimento de fungos varia de 10°C a 35°C, sendo que cada espécie de fungo apresenta uma temperatura ideal;
- O pH é um fator que afeta o desenvolvimento, dessa forma, existem alguns fungos que sobrevivem ao meio ácido, mas a grande maioria se apresenta no pH neutro até pouco alcalino.
A composição da superfície ao qual o fungo ou bolor está depositada também é um fator de relevância, pois servirá de alimento para seu desenvolvimento.
Em geral para corrigir a área afetada, deve:
- Lavar toda a área com escova ou pano, com uma mistura de água sanitária e água na proporção de 1:1;
- Deixar a solução agir por aproximadamente quatro horas;
- Lavar com água a fim de eliminar a água sanitária;
- Repetir o processo até eliminar o mofo;
- Em áreas externas o uso do hidrojateamento é recomendado;
- Deixar secar, para assim iniciar o processo de pintura.
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Prevenindo assim a ação da umidade, protegendo a edificação e evitando a formação de fungos e bolores.
Referências: Alucci, Marcia P.; Fluzino, Wanderley E.; Milano, Sidney. Bolor em Edificações causas e recomendações. A construção: Região Sul, São Paulo, Pini n 197, p 21-26, Março, 1985. | Montecielo J., Edler M. A. R., Patologias ocasionadas pela umidade nas edificações, XXI Seminário Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e Extensão, Unicruz, Rio Grande do Sul, 2016.